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Lançamentos De Produtos Avançam E Reforçam Confiança Na Retomada Econômica

Lançamentos de produtos avançam e reforçam confiança na retomada econômica

Por Liliam Benzi*

Em tempos de cautela global, o Brasil dá sinais de fôlego renovado. O Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial, que mede a intenção da indústria de bens de consumo em lançar produtos a partir da solicitação do cadastro de novos códigos de barras, registrou um crescimento de 7,3% em março, na comparação ao mês anterior, e de 1,9% quando comparado ao mesmo período de 2024.

Em linhas gerais, toda vez que uma empresa solicita um novo código de barras para seu portfólio, duas situações podem estar por trás desse movimento: o início de um ciclo de inovação e/ou a adoção de embalagens menores para reduzir o desembolso do consumidor.

O primeiro caso demonstra que a indústria está mais animada e disposta a lançar produtos. Uma trajetória certamente respaldada pelo desempenho favorável de setores como alimentos, bebidas, têxtil, vestuário e acessórios, que também demonstraram vigor e confiança no período.

A segunda possibilidade – embalagens menores – está alinhada a possíveis restrições orçamentárias. Por questões econômicas, o consumidor precisa desembolsar menos na compra, levando porções menores de produtos que fazem parte de sua rotina. As porções menores também podem ser reflexo da necessidade de atender ao crescente número de pessoas morando sozinhas ou casais sem filhos.

De qualquer forma, esta intenção é uma boa notícia para o setor de embalagens, em especial para as plásticas flexíveis. Por seus atributos e especificidades, as embalagens flexíveis têm ganho espaço entre os lançamentos de produtos, embalagens menores e/ou revitalização de marcas tradicionais, como foi o caso da Tirolez.

A empresa acaba de apresentar suas novas embalagens alinhadas à nova identidade visual da marca. Das quatro embalagens renovadas, duas incluem filmes, a da muçarela fatiada e a do requeijão para uso profissional. Na atualização, a marca reforça o vermelho como cor principal e traz unicidade visual para o portfólio, facilitando a diferenciação das várias categorias – premium, super premium, culinária e profissional – no PDV.

Em sintonia com a nova identidade de marca, as novas embalagens trazem padrões visuais mais modernos e cores mais vivas, possíveis também graças à excelente printabilidade garantida pelos filmes plásticos. As embalagens exploram ainda a diferenciação de cores para auxiliar o consumidor a entender a ocasião de uso de cada queijo.

O redesenho da marca e das embalagens da Tirolez, e o uso das embalagens plásticas flexíveis, reforça uma outra mensagem do Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial: as indústrias estão mais confiantes, lançando e/ou relançando produtos. Uma percepção alinhada ao próprio Índice de Confiança do Consumidor (ICC) que, em abril, registrou uma leve melhora, marcando o segundo mês consecutivo de alta. Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o índice subiu 0,5 ponto, alcançando 84,8 pontos na série com ajuste sazonal.

Mas o cenário ainda pede cautela, pois esta recuperação representa apenas 11% das perdas acumuladas entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025. Embora haja sinais positivos na confiança do consumidor brasileiro e na intenção das empresas de lançarem produtos ou adequarem-nos às novas realidades, é preciso estar atento às variações significativas entre as diferentes faixas de renda. Ou seja, cada vez mais é preciso ter o consumidor no centro das decisões, enxergando-o de forma ampla e contextualizando-o numa realidade econômica.

De qualquer forma, a resiliência da indústria brasileira em cenários como o atual, que ainda têm uma boa dose de desafio, é digna de nota. Ao indicar a intenção ou optar por lançar produtos ou rever suas embalagens, as empresas sinalizam que seguem operando e se preparando para crescer e conquistar mercado. Em um contexto de inflação controlada, juros ainda elevados, mas consumo moderadamente aquecido, essa postura representa não apenas coragem, mas estratégia.

Uma estratégia que deve ser acompanhada de perto pela indústria de embalagem, cuja entrega deve contemplar não apenas uma embalagem inovadora e adequada à situação de consumo, mas uma verdadeira experiência de conexão e de engajamento com o consumidor final, num contexto de plataforma de inovação e de transformação digital.

*Liliam Benzi é especialista em comunicação, marketing e desenvolvimento de negócios e de estratégias para B2B, com ênfase no setor de embalagens. Também atua como editora de publicações e Assessora de Comunicação de diversas empresas e entidades, entre elas a ABIEF.

Foi eleita Profissional do Ano pela Revista Embanews. Também é Press & Communication Officer da WPO (World Packaging Organization – Organização Mundial de Embalagem) e está à frente da LDB Comunicação Empresarial desde 1995 (ldbcom@uol.com.br).

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